quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Jürgen Gustav


Grande Jurgen Gustav Wooggleforth, maior batedor de falta e comedor de torta do mundo.

Se soubesse antes de ter feito a marcação com lápis, teria desenhado do outro lado, com menos textura, mas só descobri depois com o retrato do Holbein. Também gostaria muito de contratar alguém só pra fazer os fundos. Nada mais difícil do que isso.


Pastel sobre Mi-teintes, um pouco maior que A3.


O fato de ter ficado preso a um trabalho por muito tempo acabou me levando pro lado que eu gostaria de ter ficado em primeiro lugar, o da experiência. Queria ter feito uns 8 trabalhos assim, em dois dias. O tusche favoreceu muito essa facilidade de se fechar uma ideia, mas infelizmente não consegui manter suas nuances na acidulação. Não me satisfiz com o resultado final, mas terminar um trabalho rápido assim já foi uma vitória que eu gostaria de ter repetido.

Novas Litos


Já faz um bom tempo que estou longe da litografia, considerando que fiquei quase dois anos constantemente em contato com ela. Peguei de volta neste período mais uma matéria de litografia pra ter certeza de que eu não esqueci os procedimentos, e também por que senti muita falta da pedra litográfica. A sensação de se desenhar nela é maravilhosa. 

Tinha planejado pegar Litografia III no próximo período e como é uma matéria intensa ( são 8 trabalhos no mínimo no período com pedras grandes e médias) resolvi me re-familiarizar com o processo pra não perder tempo depois. Acabei desistindo da litografia neste próximo semestre em troca da gravura em metal por diversas razões, mas valeu a pena ter pego a oficina de lito agora. Não consegui os resultados que queria nem consegui fazer do modo que tinha pensado, menos detalhe e mais experimentação. Acabei preso a ideias e não desenvolvi tudo que deveria mas de qualquer forma foi gostoso estar de volta no atelier. Fiz 4 trabalhos, todos pequenos, 1 ainda não impresso, mas o primeiro ficou tão ruim que não vale a pena coloca-lo aqui.
Este em particular foi sobre o tema da ciência como uma vela (ou lâmpada) no escuro. Estou desenvolvendo outros trabalhos em cima disto, na gravura em metal, que devo postar mais pra frente.  

The demon-haunted world é um dos melhores livros que já li, talvez um dos únicos que eu considere obrigatório para a humanidade. Sempre quis ilustrar temas científicos, alegorias, ou ideias que me fascinam sobre a ciência, não só com um caráter didático mas também reflexivo e contemplativo. Já tive outras ideias na minha cabeça, que estão guardadas pra um futuro próximo onde eu tenha mais capacidade de realiza-las, mas por enquanto a ciência como uma vela no escuro foi a primeira que se concretizou como imagem pra mim. 
Peguei apenas um caminho de muitas possíveis interpretações, sempre com uma figura e uma lampada interagindo, ora como objeto de contemplação, ora como conhecimento inalcançável, ou que não desejamos alcançar, consciente ou inconscientemente.