quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Falhas litográficas #3

Como eu ainda não tenho foto da impressão do trabalho anterior, vou pular pro último trabalho.

Estudo no papel jornal
Desenho na pedra antes da viragem
Nesse último trabalho eu resolvi testar o Rubbing Ink que comprei recentemente na casa do artista. Já tinha usado o que temos no atelier, caseiro, mas ele não permite passagens suaves por ser muito pastoso. Como esse Rubbing Ink é duro, eu consegui trabalhar com ele em todo o desenho, com pano, esfuminho e cotonete. Só usei o lápis no cabelo e nas asas, e em algumas partes por cima do rubbing ink onde queria uma sombra um pouco mais forte. Eu fiquei feliz com o resultado na pedra, mas já estava preparado pro que poderia acontecer na viragem...
Desenho na pedra depois da viragem
Depois de mais um estrago eu percebi onde realmente estava o erro: eu estava empoçando demais a goma. Ficou mais claro quando eu consegui queimar algumas áreas em que eu só usei a goma pura. A diferença da força do ácido com relação ao volume é realmente espantosa. Com o trabalho todo manchado, só restava mesmo imprimir assim mesmo, já que eu não teria tempo de começar de novo.
Impressão final
Como eu já estava desanimado, acabei acidulando de qualquer maneira, e a segunda viragem fez o trabalho ficar ainda pior. Pelo menos eu consegui tirar algumas fotos boas do desenho original pra guardar de recordação.

Falhas litográficas #2


Desenho na pedra antes da viragem
Desenho depois da viragem
O segundo trabalho parecia ter ido melhor. Diria até que a viragem melhorou o desenho, dando mais contraste. Eu modifiquei um pouco o processo de acidulação, e como a pedra não tinha sido lixada, o resultado da primeira viragem parecia corroborar com a ideia de que a culpa era mesmo da maldita pedra lisa demais. Até eu fazer a segunda viragem pra impressão e ver que não era bem assim... [continua]

Falhas Litográficas #1

Resultado das minhas experiências litográficas com o método Tamarind, minhas últimas três litografias foram um desastre. Claro que a culpa não é do método em si, mas da maneira como eu devo ter seguido as instruções, pelo livro, sem auxílio e sem os materiais que eles utilizam. De qualquer maneira, vou postar o processo das três mais a impressão final de duas, a terceira eu devo colocar quando tiver a impressão em casa.

Desenho na pedra antes da viragem (invertido para efeito de comparação)
Esta foi a primeira que fiz no semestre passado. Como a textura desta pedra em particular não estava ficando lisa o suficiente, eu experimentei lixá-la depois de granir com o 220. A superfície acabou ficando lisa demais e o lapis litografico não conseguia escurecer mais depois de um certo ponto, onde ele começava a "encerar" a pedra com gordura, sem soltar pigmento e deixando a região impossibilidade de receber mais lápis, a não ser que eu esfregasse a ponto de chegar ao preto chapado. Tirando esse "pequeno" contratempo, experimentei a acidulação descrita no livro da Tamarind, mas o resultado ficou longe do esperado.

Impressão final

O desenho voltou cheio de manchas, que a principio eu não sabia de onde tinham vindo. Imaginei que fosse o problema da pedra lisa demais, acumulando mais gordura do que eu conseguia ver. Mas só fui descobrir no terceiro trabalho que essa não tinha sido a verdadeira causa... [continua]